Do Brasil 24/7
Ministério da Saúde, comandado por Arthur Chioro, investiga clínicas e farmácias de Minas Gerais por rejeitar pedidos e receitas de médicos cubanos; se boicote ao programa Mais Médicos do governo federal for confirmado, estabelecimentos podem ser descredenciados do Sistema Único de Saúde
7 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 08:30
247 – O Ministério da Saúde está investigando clínicas e farmácias em Minas Gerais por rejeitar pedidos e receitas de médicos cubanos, em sabotagem ao programa Mais Médicos do governo federal.
Uma mulher em Uberlândia teria dado queixa após ser impedida de realizar uma ultrassonografia em clínica particular conveniada ao SUS com pedido feito por um profissional estrangeiro.
Outros casos foram registrados em Belo Horizonte e Santa Luzia. Se o boicote for comprovado, os estabelecimentos podem ser descredenciados do Sistema Único de Saúde.
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E no G1:
Uma clínica particular de Uberlândia tem recusado os pedidos de exames solicitados por médicos cubanos. Em uma ligação feita pela produção da TV Integração, afiliada Rede Globo, a secretária da clínica, que fica no Centro da cidade, confirmou a informação. Atualmente, o município conta com 12 profissionais que integram o programa do governo federal, Mais Médicos.
Atendente: É cubano?
Repórter: É cubana.
Atendente: Não, não, com este pedido não tem validade.
Repórter: Por quê?
Atendente: Não sei! Foi determinado para nós, secretárias, que quando for paciente com pedido de médico cubano, não tem validade. Mas o porquê eles não passaram pra nós não.
Repórter: Eu não tenho outro pedido. Eu só tenho desta médica.
Atendente: Pra nós aqui ele não tem validade.
Repórter: Na clínica de vocês não faz com médico cubano?
Atendente: Não.
De acordo com a Prefeitura, não há uma justificativa que seja aceitável para a recusa do pedido do exame por parte da clínica. “O registro é válido e o profissional tem todos os direitos de atuar na Atenção Básica como qualquer outro, a única diferença é que um tem CRM e o outro RMS. Recusar um pedido alegando isso vai contra a legislação em vigor”, esclareceu a coordenadora da Atenção Básica, Elisa Toffoli.